A secretária do Interior do Reino Unido, Priti Patel, aprovou a extradição do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, para os Estados Unidos. A decisão de Patel de entregar um jornalista ao governo dos EUA para ser processado foi imediatamente condenada por organizações de direitos humanos e liberdade de imprensa do mundo todo. A equipe jurídica de Assange ainda planeja apresentar um recurso no Supremo Tribunal de Justiça questionando a natureza política do caso e como a lei de extradição foi interpretada.

Priti Patel tomou a decisão depois que Assange foi negado a um recurso da Suprema Corte em Março de 2022.

O caso de Assange estava relacionado à sua saúde física e mental, e o governo dos EUA ganhou depois de oferecer garantias de que ele não seria mantido em confinamento solitário.

Na decisão, Priti Patel afirma que “os tribunais do Reino Unido não consideraram que seria opressivo, injusto ou um abuso de processo extraditar Assange. “Também não consideram que a extradição seria incompatível com seus direitos humanos, incluindo seu direito a um julgamento justo e à liberdade de expressão, e que enquanto estiver nos EUA ele será tratado adequadamente, inclusive em relação à sua saúde”, concluiu.

Assange enfrenta 18 acusações feitas pelo Departamento de Justiça dos EUA, 17 das quais se enquadram na Lei de Espionagem de 1917. Todas as acusações referem-se a documentos divulgados pelo WikiLeaks em 2010 e 2011, que foram fornecidos pela denunciante e ex-analista do Exército dos EUA, Chelsea Manning.

Sem objeções significativas do governo do Reino Unido, se Assange for eventualmente colocado em um avião e levado aos EUA para julgamento, juntamente com o governo dos EUA, o governo britânico será responsável por qualquer tragédia que ocorra enquanto estiver em uma prisão ou prisão dos EUA.